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Arquitetura minimalista: conceito, arquitetos e características

Publicada: 08/05/2020

 

O minimalismo fez parte de vários movimentos artísticos e culturais do século XX que empregava poucos componentes que eram essenciais para expressão. A partir daí se originou a arquitetura e a decoração minimalista, que elimina todos os excessos e deixam traços de leveza e simplicidade.

A arquitetura minimalista tem sido a grande tendência das últimas décadas. Caracteriza-se pelo uso de poucos elementos decorativos, artigos geométricos, design simples, cores neutras e enaltecimento da modernidade e tecnologia

Inspirada no movimento cubista, teve grande influência por parte de De Stjil e Bauhaus. Esse projeto valoriza ao máximo a sofisticação e a simplicidade.

 

O que é arquitetura minimalista?

O movimento minimalista passou a ser um estilo de vida. Sempre valorizando o vazio dos espaços, a simplicidade e a limpeza estética, a arquitetura minimalista é um movimento que se popularizou rapidamente.

Inspirada na dinâmica cubista de De Stijl e Bauhaus na década de 1920, tem adeptos em várias partes do globo.

A corrente de De Stijl, que significa “O Estilo”, faz referência à simplicidade e à abstração. Grandes nomes como Theo Van Doesburg e Gerrit Rietveld, em busca de elevar formas e cores essenciais, levaram esse princípio para a arquitetura. A partir daí criaram uma filosofia com base em:

• purismo;

• cores primárias;

• formas geométricas;

• planos retilíneos.

Do outro lado nascia, na escola de arte na Alemanha, o movimento vanguardista Bauhaus. Pode-se dizer que foi a maior e mais importante expressão do modernismo do design e na arquitetura.

Essa demonstração era muito parecida com De Stijl e compartilhava alguns conceitos como:

• simplicidade;

• funcionalismo;

• inovação nos elementos (como utilização de vidro, madeira e aço);

• formas reduzidas.

Além das influências cubistas, a arquitetura minimalista tem uma sólida conexão com a arquitetura tradicional japonesa, que se concentra na remoção do supérfluo e valoriza os elementos essenciais.

Mas foi em 1947 que o arquiteto Ludwig Mies van der Rohe definiu o estilo minimalista com a expressão “menos é mais”. A citação refere-se às formas geométricas simples a à sofisticação da composição das obras.

 

Características

A aposta pela simplicidade e funcionalidade é um forte tributo no minimalismo. A escolha é sempre por conciliar beleza e naturalidade.

Praticidade é a ordem, o uso de piso de cimento queimado é muito apreciado por ser prático e fácil de ser instalado.

A valorização da iluminação natural é uma característica forte, geralmente é feito por meio de grandes aberturas como janelas de vidro ou outros materiais. Isso deixa o projeto mais sustentável, por proporcionar economia de energia.

O traço mais marcante dos projetos minimalistas são a integração dos espaços, eliminando assim paredes e divisórias. Isso deixa os ambientes simples e funcionais.

 

Obras e arquitetos minimalistas

A primeira e relevante manifestação do minimalismo foi o trabalho de Gerrit Rietveld, na Casa Schröder. O conceito também foi desenvolvido por Mies Van der Rohe, na Casa Farnsworth.

Usando materiais de aço e vidro, Mies criou uma geometria pura no Pavilhão de Barcelona.

Outros exemplos de obras são:

• Igreja da Luz, em Osaka;

o Universidade de Monterrey, no México;

o 21 21 Design Sight, em Tóquio.

Alguns dos arquitetos do movimento:

• Charles Moore;

• Michael Graves;

• John Pawson;

• Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa;

• Marcio Kogan.

Com o visual moderno e clean, a arquitetura minimalista veio trazer traços de simplicidade, mas sem deixar de ser luxuosa.